quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Carta Regia sobre a Cidadela - 1739

Carta Régia
1739

Dom João por graça de Deos Rey de Portugal &. Faço saber a vos Capitão mor da capitania da Parahiba q se vio a vossa carta de vinte e três de Abril de mil setecentos e trinta e seis, a respeito da cidadella que intentaseis fazer em hum frontal próximo a esta cidade, formada de faxina e estacas em a qual se podião dividir as munições de guerra por não ser resão que estejão todas na Fortaleza pois cercada ella ficava impossibilitado de socorro, seguindose da mesma obra o terem esses moradores hum abrigo para segurarem os seus moveis em qualquer repentina invasão; e vendo tão bem o que novamente informastes à vista dos pareceres que derão sobre esta matéria o Coronel Ing.º Manoel da Maya e o General de Batalha ing.º - mor Manoel de Azevedo Fortes; representandome que a obra que propunha os sobreditos será impraticável e que o orsamento que já fizestes da justificação que apontáveis de faxina, concorrendo com comer aos índios e soldados, com alguma ajuda aos naturaes , a quem se desse tão bem de comer, entendieis poderia custar seiscentos mil réis e fazendosse os dous baluartes da entrada de barro , saibro e cal, cuja obra seria de muita duração vos persuadíeis poderia custar hum conto he três mil crusados. Me pareceo ordenarvos por resolução de vinte e três de Dezembro do anno passado em consulta do meu Cons.º Ultr.º façaes logo esta fortificação na mesma forma q´vos parece; e se vos declara que ao Governador de Pernambuco ordeno mande para essa capitania ao Tenente Diogo da Silveira Velloso para consistência, cuidado e segurança da mesma obra por não haver presentemente Ing.º nessa capitania. El Rey nosso senhor & Manoel Pedro Macedo Rib.º a fez em Lix.º occid. al a vinte e sete de Janeiro de mil settecentos e trinta e nove.

Fonte: Arquivo Ultra Marino, Torre do Tombo
Lisboa, Portugal

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